Formação territorial, regionalização, amazônia e concentração fundiária do Brasil - III.


QUESTÃO 01

O território pode ser definido não apenas como a configuração política de uma cidade, estado ou país, mas um espaço construído em embates políticos, culturais, sociais e econômicos. Partindo desse conceito, atualmente, as comunidades quilombolas também buscam delimitar seus territórios. Sendo assim, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.

I - Os quilombos são comunidades indígenas (descendentes ou não de índios escravizados) que geralmente vivem em áreas rurais e sobrevivem da agricultura de subsistência.
II - No passado, parte dos quilombos se referia a uma área ocupada por escravos fugitivos das propriedades dos senhores ou que tinham obtido alforria.
III – A titulação das terras quilombolas acontece sem conflitos e conta com a parceria de grandes proprietários rurais, que dividem suas terras solidariamente.
IV - Os grupos quilombolas lutam, exigindo o reconhecimento de propriedade da terra, objetivando a definição dos territórios quilombolas.

Assinale a alternativa correta.

a)    I, II e III.
b)   I, III e IV.
c)    II e III.
d)   II e IV.

QUESTÃO 02

Na época da chegada dos europeus, o território brasileiro era habitado por cerca de 3 milhões de indígenas. Hoje, essa população é praticamente dez vezes menor, e vive em áreas restritas de alguns estados brasileiros. O que ocorreu com o território desses povos nos últimos cinco séculos?

Os povos indígenas foram perdendo seus territórios em função do processo de colonização, e na sequência, com o desenvolvimento da economia brasileira, muitos foram expulsos para o interior, onde tiveram de se readaptar as novas condições. Atualmente, parte das terras que os povos indígenas reivindicam na atualidade não é sua terra original e enfrentam muitos conflitos tendo em vistas os muitos interesses em suas terras. Da colonização aos dias atuais, muitos índios foram mortos e tribos inteiras foram dizimadas.

QUESTÃO 03

Com o desenvolvimento das atividades econômicas se intensificou a delimitação do território brasileiro e sua ocupação. Da colonização aos dias atuais várias foram as atividades econômicas que contribuíram com esse processo. Partindo dessa informação, examine as afirmações abaixo e assinale (V) na alternativa verdadeira e (F) na alternativa falsa.

(V) No início do século XVI, se desenvolveu intensamente a exploração do pau-brasil, madeira abundante nessa região e muito valorizada no mercado europeu.

(V) Com a introdução das lavouras de cana-de-açúcar e o surgimento dos engenhos o processo de ocupação do território brasileiro se intensificou.

(V) No século XVII tiveram início as penetrações mais intensas em direção ao interior com a introdução da pecuária na colônia.

(F) Durante o século XVIII a ocupação do interior perdeu força em função do declínio da criação de gado e do fracasso das atividades mineradoras.


QUESTÃO 04

No paradidático “Terra à Vista” trabalhado em nossa roda de leitura, foi abordada a temática do processo de colonização e ocupação do território brasileiro. Com base nessa leitura e em nossas aulas argumente sobre as estratégias utilizadas pela coroa portuguesa para efetuar a colonização.
O rei de Portugal arrendou terras a seus mercadores e a atividade econômica inicial estava voltada para a extração de madeira e caça de animais. Para facilitar o processo de ocupação, os portugueses trocavam mercadorias de pouco valor com os índios, que em troca, ofereciam mão de obra. A coroa portuguesa estabeleceu as feitorias, primeiros entrepostos comerciais que posteriormente se tornaram fortificações militares. Foi estabelecido o governo geral na cidade de Salvador. As terras foram divididas em capitanias hereditárias. Foram introduzidas outras atividades produtivas, como o plantio da cana-de-açúcar. Essas atividades possibilitaram o surgimento de vilas e cidades.

QUESTÃO 05

O estabelecimento de uma regionalização, isto é, do processo de divisão de determinado território em regiões, depende de critérios, que podem ser bem variados de acordo com os objetivos da regionalização. Analisando os mapas abaixo, relacione o número de cada mapa com as alternativas correspondentes e assinale a sequência de números correta.





(3) Os quatro Brasis – Milton Santos / concentração de aspectos técnicos, científicos e informacionais / tem por objetivo reconhecer a região de maior difusão da técnica, da ciência e da informação.

(1)Brasil: regiões administrativas atuais – IBGE / utiliza os critérios naturais, socioeconômicos e considera os limites entre os estados / tem por objetivo os fins administrativos, estatísticos e didáticos.

(2) Brasil: macrorregiões geoeconômicas – Pedro Pinchas Geiger / critério socioeconômico e não segue os limites estaduais / tem por objetivo as Inter-relações regionais e a dinâmica econômica nacional.
Assinale a sequência correta.
a)    1, 2 e 3.
b)    3, 2 e 1.
c)    2, 3 e 1.
d)    3, 1 e 2.

QUESTÃO 06

Com base no mapa “Brasil: macrorregião geoeconômica” elabore um breve texto sobre cada macrorregião destacando os aspectos socioeconômicos de cada uma.

Amazônia – Compreende, de modo geral, o domínio da floresta Amazônica em território brasileiro. Grande parte do território dessa região ainda é desabitada, porém, é crescente seu povoamento. Essa ocupação caracteriza-se pela implantação de grandes projetos agropecuários e de mineração. Considerada a principal fonte de recursos naturais do país, é nela que se encontram as mais novas áreas agrícolas brasileiras.

Nordeste – É a região do país onde, historicamente, o povoamento ocorreu de forma mais intensa nos primeiros séculos de ocupação europeia. Apresenta grandes diferenças naturais e sócio econômicas entre a porção litorânea e o interior. De maneira geral, a economia da região ainda é pouco desenvolvida em relação à do Centro-SUL.

Centro-Sul – Concentra a maior parte da produção industrial e agropecuária do Brasil. É também a região geoeconômica mais populosa e urbanizada do país. Por isso, grande parte de seus ambientes naturais foi transformada pela intensa ação do ser humano.

QUESTÃO 07
 

Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como "Chico Mendes" (Xapuri, 15 de dezembro de 1944 — Xapuri, 22 de dezembro de 1988), foi um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental brasileiro. Ele lutava pela preservação da Amazônia e ficou mundialmente conhecido por causa de sua morte. Cite as principais contribuições do líder seringueiro em defesa da floresta e dos povos da floresta.

“No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a floresta amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade”.

Chico Mendes (índios, castanheiros e posseiros) – defendiam o desenvolvimento com menor impacto ambiental. Enfrentavam empresários de mineradoras, latifundiários e garimpeiros em defesa da floresta e de sua sustentabilidade. Contribuiu com o surgimento dos sindicatos visando defender os trabalhadores da floresta. Com sua morte, várias reservas extrativistas foram criadas, entre elas a reserva Chico Mendes, em Xapuri, sua cidade natal.



QUESTÃO 08

Leitura e interpretação de texto.
Leia o texto abaixo e responda as questões seguintes.

Desmatamento perpetua a pobreza na Amazômia
Herton Escobar - O Estadao de S.Paulo
O desmatamento não compensa. O que já era considerado um mau negócio para o meio ambiente está se revelando também um péssimo negócio do ponto de vista socioeconômico para a Amazônia. Um levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostra que os indicadores de qualidade de vida nas regiões desmatadas não são melhores do que nas áreas em que a floresta foi preservada - em muitos casos, chegam a ser piores. Ou seja: sai a floresta, fica a pobreza.
''''Esse discurso de que o desmatamento gera emprego e renda é furado'''', diz a engenheira florestal Danielle Celentano, do Imazon. O estudo confirma um modelo de desenvolvimento batizado como ''''boom-colapso''''. Num primeiro momento, o desmatamento produz, de fato, um enriquecimento localizado, com forte influxo de capital e recursos humanos, centrado na exploração predatória da madeira. Árvores viram toras e carvão, enquanto florestas dão lugar a pastos e plantações. A longo prazo, porém, o cenário se inverte. A madeira acaba, os trabalhadores vão embora, o solo perde a fertilidade e a economia local despenca, sem nenhuma árvore para se apoiar ou se proteger do sol.
''''Você acaba com o pior de dois mundos: exaustão dos recursos naturais e empobrecimento da população'''', diz o pesquisador Adalberto Veríssimo, que assina o estudo ao lado de Danielle. Um dos melhores indicadores disso é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), parâmetro internacional que mede a qualidade de vida da população. Segundo o estudo, o IDH das regiões ''''sob pressão'''' (que estão sendo desmatadas agora) é o mais alto da Amazônia: 0,713. Nas áreas em que o desmatamento já se esgotou, porém, o IDH é apenas ligeiramente superior ao de áreas em que a floresta continua de pé: 0,659 e 0,648, respectivamente.
Mesmo essa pequena vantagem pode ser uma estatística enganosa, ressaltam os pesquisadores. Na prática, a qualidade de vida de uma família que mora em um município ambientalmente depredado pode ser muito inferior à de uma que vive na floresta intacta. ''''A pobreza é semelhante, mas a qualidade de vida certamente não é'''', diz Danielle. ''''São diferenças que não aparecem nas estatísticas, mas podem ser vistas claramente na vida real.''''
[...] A riqueza produzida por esse modelo, segundo os pesquisadores, é imediatista e mal distribuída. Enquanto alguns poucos enriquecem, a maioria é deixada para trás, tão pobre quanto ou pior do que começou. A solução é seguir para onde há mais madeira, empurrando a fronteira cada vez mais floresta adentro.
a)    Como funciona, segundo o estudo citado, o modelo de desenvolvimento “boom-colapso” na Amazônia?
Num primeiro momento, o desmatamento produz, de fato, um enriquecimento localizado, com forte influxo de capital e recursos humanos, centrado na exploração predatória da madeira. Árvores viram toras e carvão, enquanto florestas dão lugar a pastos e plantações. A longo prazo, porém, o cenário se inverte. A madeira acaba, os trabalhadores vão embora, o solo perde a fertilidade e a economia local despenca, sem nenhuma árvore para se apoiar ou se proteger do sol.
b)    Como é a distribuição de renda nesse modelo?
A riqueza produzida por esse modelo, segundo os pesquisadores, é imediatista e mal distribuída. Enquanto alguns poucos enriquecem, a maioria é deixada para trás, tão pobre quanto ou pior do que começou. A solução é seguir para onde há mais madeira, empurrando a fronteira cada vez mais floresta adentro.
c)    Com base no texto e em nossos estudos de sala de aula, explique como se deu a ocupação da Amazônia no século XX.
No século XX a ocupação foi acelerada a partir da década de 1950 com a construção de estradas, a distribuição de terras para migrantes nordestinos, a instalação de projetos agropecuários, a extração mineral e a industrialização.
d)      Com relação a ocupação da Amazônia, argumente sobre a importância da Zona Franca de Manaus, destacando suas principais contribuições para a economia da região.
A criação da Zona Franca de Manaus foi uma tentativa de trazer desenvolvimento industrial para a região. Constituiu em criar uma área de livre comércio, onde as empresas que ali se instalassem tivessem redução de impostos, o que novamente beneficiou os grandes empresários. Manaus é hoje um grande centro produtor de eletrodomésticos e eletrônicos, comercializando seus produtos para todo país. Com a instalação das indústrias houve geração de emprego que favorece a população local, embora produza consequências para o meio ambiente.
QUESTÃO 09

O Centro-Sul é o espaço mais dinâmico do território brasileiro. É onde se encontram as principais áreas da agricultura moderna. As atividades industriais produzem a maior variedade e quantidade de mercadorias do país. É também nessa região que estão instalados os maiores e mais desenvolvidos setores do comércio e serviços. Com base nessa informação, podemos concluir que a macrorregião geoeconômica Centro-Sul:
a)    Lidera a produção nacional em todos os setores da atividade econômica e por esse motivo não possui desigualdades sociais, revelando a alta qualidade de vida da população.
b)    Apresenta um dinamismo econômico que contrasta com a pobreza e a miséria nas áreas urbanas e rurais, com índices elevados de violência e desigualdade social.
c)    Ao utilizar fertilizantes, adubos químicos e agrotóxicos, máquinas e outros equipamentos, fizeram a produtividade no campo cair em função da baixa qualidade dos produtos.
d)    O resultado econômico da modernização das atividades agrícolas favoreceu significativamente os trabalhadores rurais e a distribuição da terra gerando empregos.
QUESTÃO 10

A estrutura política fortemente controlada por famílias tradicionais, pertencentes à classe dominante, e a enorme concentração da propriedade rural são aspectos importantes na determinação de muitos problemas sociais do Nordeste. Assinale a alternativa que melhor se relaciona com essa afirmação.

a)    Os dois fatores citados são grandes responsáveis pela existência de uma distribuição de renda acentuadamente desigual e produtora de exclusão social.
b)    Os fatores sugerem que os rendimentos das classes baixas são muito bons quando comparados aos de outras áreas do Brasil, como o Centro-Sul.
c)    A afirmação nos mostra que embora a terra esteja concentrada nas mãos de poucos, a população possui emprego e qualidade de vida.
d)    A afirmação é contraditória, pois com o desenvolvimento agrícola e industrial, o domínio econômico está sendo distribuído com outras classes sociais.

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