segunda-feira, 3 de abril de 2017

Cora Coralina em inspiração...


A Escola de Frankfurt em resumo.

Contexto histórico:
  • Instituto de pesquisas sociais das décadas de 20/30.
  • Está situada historicamente no início do século XX.
  • Contexto da I Guerra Mundial – 1914/1918.
  • Diante da crise de 1929, conhecida como a grande depressão econômica, surge os regimes totalitários, a exemplo do nazifacismo.
  • Após a II Guerra Mundial – 1939/1945, o mundo sofre a influência dos meios de comunicação - surge a indústria cultural e a cultura de massas.
Características:
  • Sofrerá influência do pensamento de Marx e Freud.
  • Fará duras críticas ao racionalismo iluminista.
  • Se firmará numa razão instrumental, que busca manipular fenômenos, sejam eles naturais ou sociais.
  • Entendem a razão como libertadora ou opressora do ser humano.
  • A política e a economia perpassadas pela filosofia, a estética e arte.
Duas correntes se opõe:
  • A corrente otimista – acreditava nos meios de comunicação como possibilidade de progresso e de libertação humana. Dimensão prometeica – componente libertador.
  • A corrente pessimista – compreendia os meios de comunicação como algo ameaçador, que desumaniza o humano e possui um caráter opressor. Dimensão de fausto – que abdica do essencial.
Ambas as correntes:
  • Farão críticas ao iluminismo, caracterizado pela extrema valorização da razão, ou seja, a razão é entendida como guia.
  • Entenderão o racionalismo iluminista como instrumento de controle.
Cultura de massa:
  • Aberta ao acesso de todos.
  • Aberta as camadas populares.
  • Parte da ideia de uma cultura produzida pelas massas.
Industria cultural:
  • Massificação – a cultura como um instrumento de doutrinação do capitalismo (instrumento de controle social).

domingo, 2 de abril de 2017

Para refletir - o poder aprisionador da globalização.


Disponível em: http://sarauxyz.blogspot.com.br/2016/08/milton-santos-capra-adelia-prado-moore.html#.WOEN7G_yvIU. Acesso em 02/04/17.

A geografia na poesia de Euclides da Cunha.

TEXTOS DE EUCLIDES DA CUNHA - São Paulo, 1982

Do topo da Favela, se a prumo dardejava o sol
e a atmosfera estagnada imobilizava a natureza em torno,
atentando-se para os descampados,
ao longe, não se distinguia o solo.

O olhar fascinado perturbava-se no desequilíbrio
das camadas desigualmente aquecidas,
parecendo varar através de um prisma desmedido e intáctil,
e não distinguia a base das montanhas, como que suspensas.
Então, ao norte da Canabrava,
numa enorme expansão dos plainos perturbados,
via-se um ondular estonteador;
estranho palpitar de vagas longínquas;
a ilusão maravilhosa de um seio de mar,
largo, irisado, sobre que caísse,
e refrangesse, e ressaltasse
a luz esparsa em cintilações ofuscantes...

É uma paragem impressionadora.
As condições estruturais da terra
lá se vincularam à violência máxima
dos agentes exteriores para o desenho
de relevos estupendos.

No enterroado do chão, no desmantelo dos cerros quase desnudos,
no contorcido dos leitos secos dos ribeirões efêmeros,
no constrito das gargantas e no quase convulsivo
de uma flora decídua embaralhada em esgalhos —
é de algum modo o martírio da terra,
brutalmente golpeada pelos elementos variáveis,
distribuídos por todas as modalidades climáticas.

As forças que trabalham a terra atacam-na na contextura íntima
e na superfície, sem intervalos na ação demolidora,
substituindo-se, com intercadência variável,
nas duas estações únicas da região.

Dissociam-na nos verões queimosos;
degradam-na nos inversos torrenciais.
Vão do desequilíbrio molecular,
agindo surdamente,
à dinâmica portentosa das tormentas.
Ligam-se e completam-se.
E consoante o preponderar de uma e outra,
ou o entrelaçamento de ambas,
modificam-se os aspectos naturais.
 *****
nordeste persiste intenso, rolante, pelas chapadas,
zunindo em prolongações uivadas na galhada estrepitante
das caatingas e o sol alastra, reverberando no firmamento claro,
os incêndios inextinguíveis da canícula.
O sertanejo, assoberbado de reveses, dobra-se afinal.

Passa certo dia, à sua porta, a primeira turma de retirantes.
Vê-as, assombrado, atravessar o terreiro, miseranda,
desaparecendo adiante, numa nuvem de poeira, na curva do caminho.
No outro dia, outra.
E outras.
É o sertão que se esvazia.

Não resiste mais.
Amatula-se num daqueles bandos,
que lá se vão caminho em fora,
debruando de ossadas as veredas,
e lá se vai ele no êxodo penosíssimo para a costa,
para as serras distantes, para quaisquer lugares
onde o não mate o elemento primordial da vida.

Atinge-os. Salva-se.
Passam-se meses. Acaba-se o flagelo.
Ei-lo de volta. Vence-o saudade do sertão.
Remigra.
E torna feliz, revigorado, cantando;
esquecido de infortúnios,
buscando as mesmas horas passageiras
da ventura perdidiça e instável,
os mesmo dias longos de transes e provocações demoradas. 
O vaqueiro criou-se em uma intermitência, raro perturbada,
de horas felizes e horas cruéis, de abastança e misérias —
tendo sobre a cabeça, como ameaça perene, o sol,
arrastando de envolta no volver das estações,
períodos sucessivos de devastações e desgraças.
Atravessou a mocidade numa intercadência de catástrofes.
Fez-se homem, quase sem ter sido criança.
Salteou-o, logo, intercalando-lhe agruras
nas horas festivas da infância,
o espantalho da secas no sertão.
Cedo encarou a existência pela sua face tormentosa.
É um condenado à vida.
Compreendeu-se envolvido em combate sem tréguas
exigindo-lhe imperiosamente a convergência de todas as energias.
Fez-se forte, esperto, resignado e prático.
Aprestou-se, cedo, para luta.

O seu aspecto recorda, vagamente, à primeira vista,
o de guerreiro antigo exausto da refrega.
As vestes são uma armadura.
Envolto no gibão de couro curtido, de bode ou de vaqueta;
apertado no colete também de couro;
calçando as perneiras, de couro curtido ainda, muito justas,
cosidas às pernas e subindo até as virilhas,
articuladas em joelheiras de sola;
e resguardados os pés e as mãos
pela luvas e guarda-pés de pele de veado —
é como a forma grosseira de um campeador medieval
desgarrado em nosso tempo.
Esta armadura, porém, de um vermelho pardo,
como se fosse de bronze flexível,
não tem cintilações, não rebrilha ferida pelo sol.
É fosca e poenta.
Envolve ao combatente de uma batalha sem vitórias...
A sela da montaria, feita por ele mesmo,
imita o lombilho rio-grandense, mas é mais curta e cavada,
sem os apetrechos luxuosos daquele.
São acessórios uma manta de pele de bode,
um couro resistente, cobrindo as ancas do animal,
peitorais que lhe resguardam o peito,
e as joelheiras apresilhadas à juntas.
Esse equipamento do homem e do cavalo talha-se à feição do meio.
Vestidos doutro modo não romperiam, incólumes,
as caatingas e os pedregais cortantes.

Perfeita tradução moral dos agentes físicos da sua terra,
o sertanejo do Norte teve uma árdua aprendizagem de reveses.
Afez-se, cedo, a encontrá-los, de chofre, e a reagir, de pronto.
Atravessa a vida entre ciladas,
surpresas repentinas de uma natureza incompreensível,
e não perde um minuto de tréguas.
É o batalhador perenemente combalido e exausto,
perenemente audaciosos e forte;
preparando-se sempre para um recontro que não vence
e em que se não deixa vencer;
passando da máxima quietude à máxima agitação;
da rede preguiçosa e cômoda para o lombilho duro,
que o arrebata, como um raio, pelo arrastadores estreitos,
em busca das malhadas.
Reflete, nestas aparências que o contrabatem,
a própria natureza que o rodeia —
passiva ante o jogo dos elementos e passando,
sem transição sensível, de uma estação à outra,
da maior exuberância à penúria dos desertos incendidos,
sob o reverberar dos estios abrasantes.
É inconstante com ela.
É natural que o seja.
Viver é adaptar-se.
Ela o talhou à sua imagem:
bárbaro, impetuoso, abrupto...
Ali estavam, gafadas de pecados velhos,
serodiamente penitenciados, as beatas —
êmulas das bruxas das igrejas —
revestidas da capona preta
lembrando a holandilha fúnebre da Inquisição;
as solteiras, termo que nos sertões
tem o pior dos significados, desenvoltas e despejadas,
soltas na gandaíce sem freios;
as moças donzelas ou moças damas, recatadas e tímidas;
em honestas mães de famílias;
nivelando-se pelas mesmas rezas.

Faces murchas de velhas — esgrouviados viragos
em cuja boca deve ser um pecado mortal a prece;
— rostos austeros de matronas simples;
fisionomias ingênuas de raparigas crédulas,
misturavam-se em conjunto estranho.
Todas as idades, todos os tipos, todas a cores...

 Ele seguia na frente — grave e sinistro — descoberto,
agitada pela ventania forte a cabeleira longa,
arrimando-se ao bordão inseparável.

Desceu a noite.
Acenderam-se as tochas dos penitentes,
e a procissão, estendida na linha de cumeadas,
traçou uma estrada luminosa no dorso da montanha...

Disponível em:http://www.antoniomiranda.com.br/sobreoautor/sobre_autor_index.html. Acesso em 02/04/17.

sábado, 1 de abril de 2017

O sertanejo e a sua bravura...

…as caatingas são um aliado incorruptível do sertanejo em revolta. Entram também de certo modo na luta. Armam-se para o combate; agridem. Trançam-se, impenetráveis, ante o forasteiro, mas abrem-se em trilhas multivias, para o matuto que ali nasceu e cresceu…”
(Euclides da Cunha, Os Sertões. Rio de Janeiro: FBN, p. 102.)

Para refletir com Rubem Alves...

Disponível em: http://www.portalraizes.com/clube-do-ipe-amarelo-rubem-alves-projeto-de-leitura/. Acesso em 01/04/17.

É preciso ensinar o transbordamento da felicidade – Rubem Alves

Quero falar da alegria de ser professor, pois o sofrimento de se ser um professor é semelhante ao sofrimento das dores de parto: a mãe o aceita e logo dele se esquece, pela alegria de dar à luz um filho.

Reli, faz poucos dias, o livro de Hermann Hesse, O Jogo das Contas de Vidro. Bem ao final, à guisa de conclusão e resumo da estória, está este poeminha de Rückert:

Nossos dias são preciosos,
mas com alegria os vemos passando
se no seu lugar encontramos
uma coisa mais preciosa crescendo:
uma planta rara e exótica,
deleite de um coração jardineiro,
uma criança que estamos ensinando,
um livrinho que estamos escrevendo.


Este poema fala de uma estranha alegria, a alegria que se tem diante da coisa triste que é ver os preciosos dias passando… A alegria está no jardim que se planta, na criança que se ensina, no livrinho que se escreve. Senti que eu mesmo poderia ter escrito essas palavras, pois sou jardineiro, sou professor e escrevo livrinhos. Imagino que o poeta jamais pensaria em se aposentar. Pois quem deseja se aposentar daquilo que lhe traz alegria? Da alegria não se aposenta.[…]

Para Zaratustra a felicidade começa na solidão: uma taça que se deixa encher com a alegria que transborda do sol. Mas vem o tempo quando a taça se enche. Ela não mais pode conter aquilo que recebe. Deseja transbordar. Acontece assim com a abelha que não mais consegue segurar em si o mel que ajuntou; acontece com o seio, turgido de leite, que precisa da boca da criança que o esvazie.

A felicidade solitária é dolorosa. Zaratustra percebe então que sua alma passa por uma metamorfose. Chegou a hora de uma alegria maior: a de compartilhar com os homens a felicidade que nele mora. Seus olhos procuram mãos estendidas que possam receber a sua riqueza. Zaratustra, o sábio, se transforma em mestre. Pois ser mestre e isso: ensinar a felicidade.

Rubem Alves em “A Alegria de Ensinar” – Versão PDF – Páginas 7/8/9 (Trechos)
Disponível em: http://www.portalraizes.com/rubem-alves-2/. Acesso 01/04/2017.

Consumo e descarte no documentário Ilha das Flores.

Um dos grandes problemas dos nossos dias está na relação consumo e descarte. Em todos os sistemas produtivos, resíduos dos mais diversos tipos são lançados no meio ambiente produzindo muitos impactos. Boa parte desses resíduos poderiam ser tratados antes de serem devolvidos a natureza ou até mesmo serem reaproveitados pelo próprio sistema produtivo. Contudo, o alto custo desses processos, acaba por desencadear atitudes irresponsáveis e muitas vezes criminosas, contribuindo para que grandes quantidades de poluentes sejam lançados todos os dias no meio ambiente sem qualquer tratamento. Além disso, milhares de pessoas que vivem numa condição extrema de pobreza, acabam sobrevivendo desses resíduos, numa condição degradante e perigosa. Que bom seria se enquanto humanidade fossemos capazes de perceber "que o supérfluo dos ricos é o necessário dos pobres, sabendo que, quem possui um bem supérfluo possui algo que não lhe pertence." E melhor ainda seria, se essa reflexão mudasse nossas relações, tornando-as mais conscientes, sensíveis e transformadoras.

segunda-feira, 27 de março de 2017

A geografia social e humanitária de Dom Helder Câmara

Nos vídeos a seguir, veremos um belo exemplo de ser humano, que a frente do seu tempo, abre caminhos inimagináveis no campo da solidariedade e do amor aos mais pobres. Fica os belos registros e testemunhos de pessoas que conviveram com Dom Helder na luta pela dignidade humana.


domingo, 26 de março de 2017

Da cítica do planejamento urbano a um planejamento urbano crítico.

O planejamento urbano tem produzido pensamentos e abordagens diferentes quanto a sua execução, seja por parte de pensadores esquerdistas, seja por parte dos pensadores conservadores.

Na perspectiva do pensamento marxista, se destacam alguns importantes pensadores, entre eles, Castellis e Harvey, considerados sociólogos e geógrafos urbanos, além do renomado Lefebvre, que segundo o texto, sofreu algumas objeções por parte de Harvey e, especialmente, por parte de Castellis. Todos esses fizeram reverberar a ideologia marxista aplicada ao tema do desenvolvimento das cidades.

Castellis e Harvey, embora divirjam de Lefebvre em muitos pontos, dedicarão maior energia em construir críticas ferrenhas ao pensamento conservador aplicado aos estudos urbanos, especialmente, a Escola de Chicago, em meados das décadas de 20 e 30. Nesse cenário, vão se contrapor tanto ao idealismo da Sociologia culturalista quanto ao Darwinismo social dos sociólogos urbanos da Escola de Chicago.

Para os pensadores marxistas, o problema está posto na redução dos conflitos sociais a uma mera competição entre indivíduos, numa interface com as ideias biológico-evolucionistas de “luta pela vida” e “sobrevivência do mais forte”, subestimando assim, a existência dos condicionamentos impostos pelas contradições de classe e recusando a interpretação dos conflitos também enquanto luta de classes.

Para Castellis e Harvey, era preciso promover uma espécie de “desnaturalização” da análise da produção do espaço urbano, no sentido de historicizar os problemas sociais manifestados na cidade, encarando o espaço urbano como um produto social e os problemas urbanos como consequência direta das relações de produção e de poder no mundo capitalista. Buscavam com isso, rechaçar a ideia de redução dos indivíduos a meros consumidores, ou seja, aquela ingênua percepção de que a sociedade nada mais é do que um agregado de indivíduos consumidores. Assim, Castellis e Harvey proporão a “desideologização” do estudo da cidade, no sentido de desnudar os limites e armadilhas da ideologia capitalista, numa propositura que vai de encontro a politização dos estudos urbanos.

Sabe-se que os marxistas divergiam em vários temas, mas suas ideias se tornaram unificadas na denúncia do planejamento como um instrumento a serviço da manutenção do status quo capitalista. Assim, o planejamento teria por missão criar as condições para uma sobrevivência do sistema a longo prazo – mesmo que, para isso, fosse necessário, algumas vezes, ir contra interesses imediatos de alguns capitalistas ou mesmo frações inteiras da classe capitalista.

Com o enfraquecimento do pensamento marxista frente ao triunfalismo conservador, após a queda do Muro de Berlim (1989), muitas dessas ideias perderam força. A crise do marxismo enfraqueceu o seu discurso, embora não permitisse concluir que houvesse falhado ou fosse desprovido de capacidade explicativa, independente do autor ou do assunto sobre o qual se estivesse falando. Isso se verifica ao perceber que as críticas marxistas ao planejamento encerram uma falácia, pois revelam uma inconsistência lógica. Essa falácia é denominada de acidente e apoia-se na generalização da crítica ao planejamento.

Essa prática questionadora e profundamente crítica, não foi exclusividade apenas do pensamento marxista, já que também os conservadores, construíram abordagens críticas sobre o planejamento, a partir da frustação com os resultados da intervenção estatal em geral. Percebeu-se a incapacidade de cumprir a promessa implícita sugerida pelo espírito Keynesiano, ao qual se buscava evitar as crises, na tentativa de salvar o capitalismo de si próprio ou mesmo fazê-lo prospero. Com o esgotamento das estratégias Keynesianas, o neoliberalismo surge e ganha força, eclodindo no mundo globalizado. Com isso, migra-se de um planejamento regulatório a um planejamento apoiado nas ideias de gestão. O planejamento assume uma subordinação ao mercado, acompanhando as suas respectivas e surpreendentes tendências. Além deste, o planejamento de facilitação, apreende uma nova abordagem, no qual buscava-se estimular a iniciativa privada, numa estreita relação entre vantagens e regalias, a exemplo, das isenções tributárias e subsídios diversos. E ainda, é possível verificar um terceiro espectro de planejamento, que está alinhado a ideia de administração privada, no qual enfatiza a parceria público/privada.

A grande questão que está posta perante tudo isso é de como realizar com segurança o percurso que vai da crítica do planejamento urbano a um planejamento urbano crítico?
Essa parece ser a questão centralizadora, que expõe as inquietações sejam dos marxistas, sejam dos conservadores. Com aplicabilidades e abordagens diferenciadas, o que se extrai dessas realidades contraditórias, é uma inegável necessidade de transição, que se fundamenta em novas perspectivas e proposituras, dentre as quais, identifica-se um pensamento orientado para o futuro, que possibilite fazer escolhas entre alternativas e considerar limites, restrições e potencialidades, assim como, consideração de prejuízos e benefícios. Além de tudo, busca-se uma maior lucidez quanto a verificação de possibilidades que forneçam diferentes cursos de ação, os quais dependem de condições e circunstâncias variáveis.

Nesse sentido, é importante perceber que as diferentes correntes ideológicas sempre estiveram envolvidas com o planejamento, embora fossem contrários em suas tessituras e abordagens. Isso se verifica claramente nos sistemas de planificação centralizada, os quais sempre buscaram firmar suas raízes em três distintas correntes de oposição ao status quo capitalista, a saber, o socialismo utópico, o anarquismo e o materialismo histórico.

Também se insere uma crítica a racionalidade instrumental e a Escola de Frankfurt, com as ideologias de massas e a massificação dos meios de comunicação, entre seus mais otimistas e pessimistas pensadores. Nesse sentido, Habermas vai apresentar que a racionalidade instrumental orienta uma ação estratégica, cujo linguagem não é usada para fins de entendimento, mas sim para fins de dominação e cooptação. A racionalidade não deixa de apresentar o seu caráter aprisionador, através da análise acrítica da adequação entre meios e fins. Entra-se em confronto uma racionalidade instrumental X uma racionalidade comunicativa aplicada ao planejamento.

Diante do exposto, chega-se então a grande questão sobre o que de fato é um planejamento crítico? Em linhas gerais, pode-se entendê-lo, como uma abordagem que ultrapassa o senso comum, a ponto de questionar realidades que estão postas, assim, como construções pré-estabelecidas, no sentido de buscar maior sentido e experimentação. No planejamento crítico, busca-se superar as ideias do tecnocratismo, a fim de alcançar outros referenciais de instrumentos que possibilitem novas perspectivas de planejamento e gestão urbana.


Para concluir, verifica-se a necessidade de se construir uma relação entre a evolução dos diversos pensadores e suas ideologias no avanço de uma abordagem crítica do planejamento a um planejamento urbano verdadeiramente crítico, que aprofunde e problematize as questões urbanas, a partir dos diferentes ciclos econômicos e suas infinitas conjecturas. Essas percepções, ajudam e corroboram com novas abordagens dos cenários urbanos e maior percepção dos problemas e condicionantes encontrados dentro do espaço urbano. Em qualquer cenário global, o que se verifica, é um caldeamento de situações que atuam e exercem força sobre o cenário urbano.

Homenagem a Dom Marcelo - Arcebispo Emérito da Paraíba - Ao tratar sobre a questão agrária


Dom Marcelo Pinto Carvalheira Arcebispo Emérito da Paraíba, realizou a sua páscoa definitiva, mas deixou-nos um legado de ternura e amor aos pobres. Em seus discursos e homilias, a voz forte de pastor ecoava e fazia arder o coração. Homem profético, culto e de uma humanidade indescritível, que tão naturalmente deixava exalar, como um perfume de agradável odor. Nesse vídeo, Dom Marcelo aborda a temática agrária, com a delicadeza e genialidade que sempre lhe foram companheiras, chamando todos a uma profunda conversão, sem contudo, agredir a quem quer que fosse. Em suas palavras fez reverberar a mensagem evangélica com toda a sua força e contundência, numa ânsia profunda por colaborar com a construção de um mundo mais justo, fraterno e solidário. Obrigado Dom Marcelo por todos os ensinamentos e presença terna. Para sempre Dom Ternura em nossos corações e memórias.



quinta-feira, 23 de março de 2017

O veneno está na mesa!

O uso de agrotóxicos torna-se cada vez mais comum nos nossos dias. A todo momento somos advertidos sobre seus riscos, já que se encontram presentes em quase tudo que consumimos, sejam eles grãos, legumes, frutas e verduras, ou ainda, presentes em produtos industrializados, originários dessas fontes, como por exemplo, farinhas e massas. Em contrapartida, há quem defenda a necessidade do uso dos agrotóxicos, o que divide opiniões. Assim, o vídeo a seguir, problematiza a questão e provoca a nossa reflexão. Deixe seu comentário e vamos debater!

quarta-feira, 15 de março de 2017

Dialogando com Rui Moreira...

O vídeo a seguir nos convida a uma maravilhosa reflexão com o geógrafo Rui Moreira. Aproveitemos esse diálogo para aprender e discutir sobre a geografia em suas múltiplas linguagens. Deixe seu comentário!!!

quinta-feira, 9 de março de 2017

A globalização na música terceiro plural / Questão elaborada pelo professor e geógrafo Paulo Vital.

Analise a letra da musica a seguir e responda o que se pede.

Os diferentes modelos produtivos de cada momento do sistema capitalista, sempre foram o resultado da busca por caminhos para manter o crescimento da produção e do consumo. Assim sendo, a partir da compreensão da música e de seus conhecimentos, qual a relação existente entre globalização, sociedades de consumo e degradação ambiental. Utilize o espaço destinado aos comentários para responder e debater sobre o tema.

quarta-feira, 8 de março de 2017

O fenômeno da globalização segundo Milton Santos.

Para Milton Santos, a globalização é, de certa forma o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. Esse conceito se materializa de diversas maneiras no nosso cotidiano, já que o processo de internacionalização, implica a construção de uma rede de comunicação, que interliga o local ao global, numa mútua relação de influência. Podemos falar de uma relação entre localismos e globalismos. Nessa dinâmica, somos em certo sentido massa de manobra e ao mesmo tempo, força motriz, que alimenta um sistema marcado por uma infinidade de possibilidades, expressas nos fluxos da globalização. Trocando em miúdos, a globalização produz e sustenta, o fluxo do capital, de mercadorias, de pessoas, de informação e, sobretudo, fluxos culturais, que contribuem para a construção da perspectiva de aldeia global. Essa perspectiva, além de alienante, esmaga as particularidades da identidade de cultural de cada povo, de suas etnias e processos históricos, reduzidos a uma padronização cultural.

É nessa perspectiva que Milton Santos nos apresenta o tema da globalização a partir de uma tríplice visão de mundo. Assim, esse grande geógrafo brasileiro, nos apresentará em seu livro "por uma outra globalização", o mundo como fábula,como perversidade e como possibilidade.

Em seu livro, Milton Santos afirma: "vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. Haveria nisto um paradoxo pedindo uma explicação? De um lado, é abusivamente mencionado o extraordinário progresso das ciências e das técnicas, das quais um dos frutos são os novos materiais artificiais que autorizam a precisão e a intencionalidade. De outro lado, há, também, referência obrigatória à aceleração contemporânea e todas as vertigens que cria, a começar pela própria velocidade. Todos esses, porém, são dados de um mundo físico fabricado pelo homem, cuja utilização, aliás, permite que o mundo se torne esse mundo confuso e confusamente percebido." Aqui, torna-se clara a visão do autor, em reconhecer o progresso das ciências e das técnicas, reconhecidamente marcadas pela precisão e intencionalidade. De fato, o avanço das técnicas produziram uma profunda transformação na relação do ser humano com o espaço geográfico. Poderíamos dizer até que, essa transformação se mostra irreversível e veloz. Os sistemas produtivos se tornam cada vez mais equipados de uma força transformadora que tem influenciado o comportamento humano e suas mais variadas relações. Contudo, todo esse avanço, produz efeitos potencialmente perigosos, já que nutre o crescente interesse pelo consumo e pelo descarte. Consumimos mais recursos naturais e, consequentemente, também produtos industrializados, ações que, inevitavelmente, nos levam a descartar de forma mais rápida e danosa. Mergulhamos o planeta numa condição extrema de exploração e degradação. Essa degradação não se mostra apenas na perspectiva ambiental, as relações sociais, econômicas, políticas, também apontam para uma insustentabilidade, que concentra a riqueza nas mãos de uma minoria, aprofundando as mais diversas formas de exclusão social e empobrecimento.

Segundo Milton Santos, explicações mecanicistas são, todavia, insuficientes. É a maneira como, sobre essa base material, se produz a história humana que é a verdadeira responsável pela criação da torre de babel  em que vive a nossa era globalizada. Quando se permite imaginar que se tornou possível a criação de um mundo veraz, o que é imposto aos espíritos é um mundo de fabulações , que se aproveita do alargamento de todos os contextos (M. Santos, A Natureza do espaço, 1996) para consagrar um discurso único. Seus fundamentos são a informação e o seu império, que encontram alicerce na produção de imagens e do imaginário, e se põe a serviço do império do dinheiro, fundado este na economização e na monetarização da vida social e da vida pessoal. De fato, se desejamos escapar à crença de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, e não queremos admitir a permanência de sua percepção enganosa, devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o mundo como ele pode ser: uma outra globalização.

Fonte: SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal / Milton Santos. - 22ª ed. - Rio de Janeiro: Record, 2012.

terça-feira, 7 de março de 2017

Zygmunt Bauman e a educação.


Para os professores que visitam o blog e outros interessados, sugiro que assistam essa entrevista com Zygmunt Bauman. Postem seus comentários e vamos refletir sobre educação.

Uma homenagem a Paraíba, a qual estou ligado por vínculo afetivos. Eis o meu lugar!


A geografia também está presente na música. Vamos ouvir e aprender!



O lugar é uma das categorias de análise da geografia. A partir do lugar podemos compreender os processos de construção e integração desses ambientes. Nele também percebemos que o antigo e novo andam juntos e estão expressos nas diferentes arquiteturas, traçados das ruas e avenidas e em tantos outros elementos que traduzem o lugar. A ele estamos unidos por vínculos afetivos, nutrido por nossas experiências e identificação. Assim, os lugares se conectam e de diversas formas nos relacionamos com ele. Na música "o meu lugar", perceberemos a bela descrição que o autor faz sobre os elementos que compõem  o seu lugar. A religiosidade, as festas, sua história, seu povo, sua identidade. Curta a música e reflita sobre a beleza do lugar que ela nos apresenta. 

segunda-feira, 6 de março de 2017

Questão para exercitar - A Coreia do Norte e uso de armas nucleares

A Coreia do Norte afirma ter conduzido com sucesso seu quinto e mais potente teste nuclear, aumentando a tensão na região e os temores de que o país esteja incrementando um arsenal nuclear de olho em possíveis conflitos militares. Sobre as repercussões geopolíticas do fato, pode-se concluir que

(A)   O presidente sul-coreano, Park Geun-Hye, classificou o teste de ato de "autodestruição" que expôs a "imprudência maníaca" do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un.
(B)   As estimativas da potência da explosão desse quinto teste são pouco precisas. Há especialistas que sugerem que ela atingiu níveis inferiores à bomba lançada pelos Estados Unidos em Hiroshima, em 1945.
(C)   a Coreia do Norte diz ter "miniaturizado" ogivas nucleares com sucesso - afirmação que pôde ser comprovada de forma independente, e aferida por muitos especialistas em nível global.
(D)   analistas acreditam que os primeiros testes usaram plutônio. Não se sabe ao certo se o terceiro, em 2013, usou plutônio ou urânio como matéria-prima. Mas acredita-se que essas ocasiões testaram bombas atômicas de baixo risco mundial.

(E)    EUA, Rússia, China, Japão e Coreia do Sul fizeram várias rodadas de negociações com os norte-coreanos, e estão conseguindo demover Pyongyang da ideia de investir em armamento nuclear.

GABARITO - LETRA A

Questão para exercitar - Indústria 4.0

QUESTÃO 01
A indústria 4.0 é um conceito proposto recentemente e que engloba as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura. A partir de Sistemas Cyber-Físicos, Internet das Coisas e Internet dos Serviços, os processos de produção tendem a se tornar cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis.
Isso significa um novo período no contexto das grandes revoluções industriais. Com as fábricas inteligentes, diversas mudanças ocorrerão na forma em que os produtos serão manufaturados, causando impactos em diversos setores do mercado.
Por Cristiano Bertulucci Silveira. Disponível em: http://www.citisystems.com.br/industria-4-0/. Acesso em 09/10/2016.
Fonte: http://www.group-promotion.com/industria-4-0/industria-4-0/. Acesso 06/03/17.

Relacionando o texto com o infográfico e considerando os seis princípios para o desenvolvimento e implantação da indústria 4.0, pode-se concluir que os sistemas de produção inteligentes que tendem a surgir nos próximos anos, promoverão cada vez mais
(A) o aumento da capacidade de operação em tempo real, fato, que consiste na aquisição e tratamento de dados de forma praticamente instantânea. Mesmo que os encaminhamentos práticos exijam uma escala de tempo maior na busca por soluções, a possibilidade de decisões assertivas e produtivas está garantida.
(B) simulações utilizadas ainda em caráter experimental, amparadas em sistemas supervisórios, que se expressam na existência de uma cópia virtual das fabricas inteligentes, promovendo assim, a rastreabilidade e o monitoramento remoto de todos os processos por meio dos inúmeros sensores espalhados ao longo da planta.
(C) tomada de decisões a partir do sistema cyber-físico respondendo as necessidades da produção em tempo real. As máquinas atuarão autonomamente aplicando comandos que fornecerão informações sobre seu ciclo de trabalho. Os módulos da fábrica inteligente trabalharão de modo centralizado, independente da ação humana.
(D) orientação a serviços que se utilizarão de arquiteturas de software orientadas a serviços aliado ao conceito de Internet of Services, o que garantirá a interoperabilidade dos sistemas cyber-físicos (suportes de peças, postos de reunião e produtos), sem necessariamente depender da Internet das Coisas e da Internet.
(E) a modularidade da produção de acordo com a demanda, possibilitando o acoplamento e desacoplamento de módulos na produção. Essa característica, oferece flexibilidade para alterar as tarefas das máquinas facilmente, garantindo uma produção mais personalizada e sustentável.

GABARITO - LETRA E

domingo, 5 de março de 2017

Vamos trabalhar a geografia na poesia?

EU, ETIQUETA

Em minha calça está grudado um nome 

que não é meu de batismo ou de cartório, 
um nome... estranho. 
Meu blusão traz lembrete de bebida 
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro 
que não fumo, até hoje não fumei. 
Minhas meias falam de produto 
que nunca experimentei 
mas são comunicados a meus pés. 
Meu tênis é proclama colorido 
de alguma coisa não provada 
por este provador de longa idade. 
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro, 
minha gravata e cinto e escova e pente, 
meu copo, minha xícara, 
minha toalha de banho e sabonete, 
meu isso, meu aquilo, 
desde a cabeça ao bico dos sapatos, 
são mensagens, 
letras falantes, 
gritos visuais, 
ordens de uso, abuso, reincidência, 
costume, hábito, premência, 
indispensabilidade, 
e fazem de mim homem-anúncio itinerante, 
escravo da matéria anunciada. 
Estou, estou na moda. 
É duro andar na moda, ainda que a moda 
seja negar minha identidade, 
trocá-la por mil, açambarcando 
todas as marcas registradas, 
todos os logotipos do mercado. 
Com que inocência demito-me de ser 
eu que antes era e me sabia 
tão diverso de outros, tão mim mesmo, 
ser pensante, sentinte e solidário 
com outros seres diversos e conscientes 
de sua humana, invencível condição. 
Agora sou anúncio,
ora vulgar ora bizarro, 
em língua nacional ou em qualquer língua 
(qualquer, principalmente). 
E nisto me comparo, tiro glória 
de minha anulação. 
Não sou - vê lá - anúncio contratado. 
Eu é que mimosamente pago 
para anunciar, para vender 
em bares festas praias pérgulas piscinas, 
e bem à vista exibo esta etiqueta 
global no corpo que desiste 
de ser veste e sandália de uma essência 
tão viva, independente, 
que moda ou suborno algum a compromete. 
Onde terei jogado fora 
meu gosto e capacidade de escolher, 
minhas idiossincrasias tão pessoais, 
tão minhas que no rosto se espelhavam 
e cada gesto, cada olhar 
cada vinco da roupa 
sou gravado de forma universal, 
saio da estamparia, não de casa, 
da vitrine me tiram, recolocam, 
objeto pulsante mas objeto 
que se oferece como signo de outros 
objetos estáticos, tarifados. 
Por me ostentar assim, tão orgulhoso 
de ser não eu, mas artigo industrial, 
peço que meu nome retifiquem. 
Já não me convém o título de homem. 
Meu nome novo é coisa. 
Eu sou a coisa, coisamente.
Carlos Drummond de Andrade ANDRADE, C. D. Obra poética, Volumes 4-6. Lisboa: Publicações Europa-América, 1989.
Fonte: https://pensador.uol.com.br/frase/MjAyODM0/. Acesso em 06/03/17.

Monólogo Mundo Moderno - Chico Anysio

E vamos falar do mundo, mundo moderno
marco malévolo
mesclando mentiras
modificando maneiras
mascarando maracutaias
majestoso manicômio
meu monólogo mostra
mentiras, mazelas, misérias, massacres
miscigenação
morticínio, maior maldade mundial
madrugada, matuto magro, macrocéfalo
mastiga média morna
monta matumbo malhado
munindo machado, martelo
mochila murcha
margeia mata maior
manhazinha move moinho
moendo macaxeira
mandioca
meio-dia mata marreco
manjar melhorzinho
meia-noite mima mulherzinha mimosa
maria morena
momento maravilha
motivação mútoa
mas monocórdia mesmice
muitos migram
mastilentos
maltrapilhos
morarão modestamente
malocas metropolitanas
mocambos miseráveis
menos moral
menos mantimentos
mais menosprezo
metade morre
mundo maligno
misturando mendigos maltratados
menores metralhados
militares mandões
meretrizes marafonas
mocinhas, meras meninas,
mariposas
mortificando-se moralmente
modestas moças maculadas
mercenárias mulheres marcadas
mundo medíocre
milionários montam mansões magníficas
melhor mármore
mobília mirabolante
máxima megalomania
mordomo, mercedez, motorista, mãos
magnatas manobrando milhões
mas maioria morre minguando!
moradia meiágua, menos, marquise
mundo maluco
máquina mortífera
mundo moderno melhore
melhore mais
melhore muito
melhore mesmo
merecemos
maldito mundo moderno
mundinho merda!
Fonte: http://www.50emais.com.br/monologo-mundo-moderno/. Acesso em 05/03/17.

Para refletir...

"A capacidade de carga de uma ponte não é medida pela capacidade média dos pilares, mas pela capacidade do pilar mais fraco. Eu sempre acreditei que não se mede a qualidade de uma sociedade pelo seu Produto Interno Bruto, mas pela qualidade de vida de seus membros mais fracos".
Zygmunt Bauman.