QUESTÃO 01
O mapa abaixo
apresenta uma divisão do Brasil em apenas três grandes regiões. Essa divisão é
diferente daquela mais utilizada pelo IBGE com cinco macrorregiões.
Com
base nessa informação e analisando o mapa ao lado, marque a alternativa que
apresenta tanto o título mais adequado para esse mapa como os nomes das três
regiões que o caracterizam.
a) Brasil: macrorregiões geoeconômicas – Amazônia / Nordeste
/ Centro-sul.
b)
Brasil:
regiões político-administrativas – Amazônia / Nordeste / Centro-sul.
c)
Brasil:
macrorregiões político-administrativas – Norte / Nordeste / Sul.
d)
Brasil:
regiões naturais - Floresta Amazônica / Semiárido / Florestas Tropicais.
QUESTÃO 02 (1,0)
O mapa
Terra Brasilis elaborado no século XVI por Pedro Reinel e Lopo Homem, foi
escrito em latim, como era tradição nesse período. No mapa observam-se pontos
estratégicos inscritos na costa. Há uma relação entre essa área representada e
a atividade econômica da época. Os elementos representados demonstram o modo
como os portugueses viam essas terras. Note que podemos ver somente uma parte
do que hoje constitui o território brasileiro.
http://cesarcar.blogspot.com.br/2012/01/thats-all-folks.html
Analisando
o mapa Terra Brasilis e recordando o paradidático lido “Terra à Vista”, elabore
um breve comentário sobre o processo de colonização do território brasileiro,
destacando as estratégias da expansão colonial, os interesses econômicos e os
confrontos ocorridos.
O rei de Portugal arrendou terras a seus mercadores e a atividade
econômica inicial estava voltada para a extração de madeira e caça de animais.
Para facilitar o processo de ocupação, os portugueses trocavam mercadorias de
pouco valor com os índios, que em troca, ofereciam mão de obra. A coroa
portuguesa estabeleceu as feitorias, primeiros entrepostos comerciais que
posteriormente se tornaram fortificações militares. Foi estabelecido o governo
geral na cidade de Salvador. As terras foram divididas em capitanias
hereditárias. Foram introduzidas outras atividades produtivas, como o plantio
da cana-de-açúcar. Essas atividades possibilitaram o surgimento de vilas e
cidades. Em todo esse processo houve conflitos entre os portugueses e os
índios, entre Portugal e Espanha e posteriormente, conflitos e negociações
entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
QUESTÃO
03
Observe o mapa e responda as questões
propostas.
a) Que denominação recebem
as sub-regiões indicadas no mapa com os números 1, 2, 3 e 4?
Meio-Norte, Sertão, Agreste e Zona da Mata.
b) Qual é a sub-região mais
desenvolvida, em termos econômicos, do nordeste? Por quê?
A Zona da Mata é a sub-região mais desenvolvida do nordeste, em termos
sociais e econômicos. Ela foi a primeira região a ser colonizada e se destacou
na produção econômica colonial por meio da monocultura canavieira. A prática da
monocultura canavieira dominou a economia nordestina por dois séculos. No final
do século XVII, a economia açucareira entrou em decadência, só se recuperando
recentemente, nas últimas décadas do século XX, com a criação do Proálccol.
Além da monocultura canavieira o forte processo de industrialização, produção
têxtil e de calçados, potencializaram ainda mais o desenvolvimento da região.
c) Quais as características
sociais e econômicas mais importantes da área representada no mapa com o número
2?
No sertão nordestino observa-se baixa densidade demográfica em função
do processo de emigração em virtude das dificuldades climáticas da região. A
economia está fundamentada na pecuária, desenvolvida em grandes propriedades. A
atividade agrícola é desenvolvida em muitas áreas com o apoio do uso da
irrigação, como o que ocorre no vale do Rio São Francisco. No sertão
nordestino, especialmente nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e
Ceará, cresce significativamente fruticultura e a floricultura. Destaca-se
também a produção do algodão, policultura e pecuária.
d) Explique as principais
características da sub-região número 1.
O Meio-Norte é uma área de transição entre o Nordeste seco e a Amazônia
úmida. Caracterizada pela mata dos cocais, sobretudo, em São Luiz capital do
Maranhão.
QUESTÃO 04
Esta é a letra de uma das músicas mais
conhecidas sobre o sertão nordestino. Ao lado observamos uma das belas obras de
arte de Cândido Portinari, retratando a vida e o sofrimento dos retirantes. Com
base na análise dessas duas expressões artísticas, leia as questões abaixo e
responda.
Asa Branca
Composição: Luiz Gonzaga
/ Humberto Teixeira
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
“Retirantes” (1944) – Cândido Portinari,
óleo sobre tela, 190 × 180 cm.
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP).
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP).
a)
Qual a
característica da região Nordeste está sendo destacada na música?
A seca da região do sertão.
b)
Como a
música caracteriza as condições de vida do sertanejo?
A música destaca as dificuldades do sertanejo, que não consegue
plantar nem criar animais em razão da seca.
c)
Qual a saída
encontrada pelo personagem da música?
A saída foi migrar para longe, muitas léguas de seu lugar de origem.
d)
Na pintura
de Portinari observamos o movimento dos retirantes nordestinos que migram em
busca de melhores condições de vida. Podemos afirmar que essa solução, de fato,
melhora a condição de vida dessas pessoas? Explique.
Não, pois ao chegarem a cidade acabam se
instalando nas periferias ou favelas dos grandes centros urbanos, locais
desprovidos de serviços básicos como esgoto encanado, água tratada,
pavimentação, iluminação e escolas. Quase sempre são obrigados a trabalhar no
setor informal, ganhando pouco para o seu sustento.
QUESTÃO 05
Analise o mapa das fronteiras do Brasil
colonial e as afirmações abaixo.
I – Até o século XVI, a fronteira oeste do
Brasil era definida pelo Tratado de Tordesilhas. Com o desenvolvimento das
atividades econômicas como a pecuária e a mineração, essa fronteira foi
ampliada.
II – O tratado de Madri, firmado entre
Portugal e Espanha em 1750, estabeleceu um contorno territorial próximo do que
se conhece atualmente.
III – A leitura desse mapa permite perceber
que as fronteiras territoriais do Brasil foram definidas aceleradamente,
efetivando-se a formação territorial atual num curto intervalo de tempo.
IV – A configuração do território, tanto ao
sul como a oeste, demandou negociações até se chegar aos limites atuais.
Com
base em sua análise podemos concluir que são verdadeiros os itens:
a)
I, II e III.
b)
Apenas o item I.
c) I, II e IV.
d)
Todos os itens estão corretos.
QUESTÃO 06
Leia o texto abaixo e responda as questões.
Expatriados
dentro da pátria.
A
tarefa de conquistar a floresta foi atribuída aos seringueiros. A extração da
borracha teve seu auge no período de 1880 a 1915, e a mão-de-obra dos seringais
era constituída principalmente de trabalhadores oriundos da região nordeste do
Brasil. No percurso migratório, o trabalhador chegava aos seringais endividado
com o patrão, processo esse que se completava quando era obrigado a comprar os
víveres no barracão a preços exorbitantes, e recebia pela borracha que coletava
preços ínfimos. Desse modo não podia abandonar os seringais, acorrentado que
estava ao sistema que ficou conhecido como "escravidão por dívidas".
É
nesse sentido que Euclides da Cunha considera o migrante um "expatriado
dentro da pátria". Referindo-se à seca de 1877 no Ceará, afirma que os
migrantes foram embarcados nos navios por preocuparem os poderes públicos
quanto aos estragos que poderiam provocar nas cidades, e nunca foram
acompanhados por médicos ou agente oficial. "Os banidos levavam a missão
dolorosíssima e única de desaparecerem. E não desapareceram."(cf. Cunha, 1994 p.57)
O que
provoca a grande mortalidade dos migrantes, segundo Euclides, não era o clima
da Amazônia, mas o estado social, a instabilidade e fraqueza com que chegavam,
o processo de trabalho no seringal que, além de extremamente solitário, gera
"a decadência orgânica" pela falta de uma alimentação adequada. Cada
seringal é a "conservação sistemática do deserto, e a prisão celular do
homem na amplitude da terra." (cf. Cunha, 1994, p.60)
O
seringueiro é sobretudo um solitário, perdido no deserto da floresta,
trabalhando para se escravizar. Cada dia num seringal corresponde a uma
empreitada de Sísifo - partindo, chegando e novamente partindo pelas estradas
no meio da mata, todos os dias, sempre, num "eterno giro de encarcerado
numa prisão sem muros." (cf. Cunha, 1994, p.59)
No
texto Entre os seringueiros, publicado na revista Kosmos,
Euclides caracteriza as estradas dos seringais como "tentáculos de um
polvo desmesurado." Esta é a "imagem monstruosa e expressiva da
sociedade torturada que moureja naquelas paragens". O cearense que lá
chega, "numa desapoderada ansiedade de fortuna" passa por um processo
de aprendizagem, de bravo a manso, que para Euclides nada mais significa
do que adquirir a apatia necessária diante da realidade inexorável. Preso nos
tentáculos do dono do seringal, vai percorrer a estrada pelo resto de sua vida,
"indo e vindo, a girar estonteadamente no monstruoso círculo vicioso da
sua faina fatigante e estéril" ."(cf. Cunha, 1994, p.215)
Isabel Cristina Martins Guillen - doutora em
História pela Unicamp e pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco (Recife - PE)
Sísifo, uma personagem da mitologia grega,
condenado a repetir sempre a mesma tarefa de empurrar uma pedra de uma
montanha até o topo, só para vê-la rolar para baixo novamente.
|
a) Qual foi à atividade econômica que atraiu
grande número de migrantes para a Amazônia no século XIX? E quais eram as
condições de trabalho impostas a essas pessoas? Justifique sua resposta
retirando frases do texto.
No século XIX a extração do látex atraiu grande número de
nordestinos para a região. As condições de trabalho eram precárias, pois para
pagar as ferramentas e alimentação precisavam extrair grandes quantidades de
látex. Sobre esses produtos, eram cobrados valores excessivos enquanto o látex
era comprado por valores muito baixos, tornando as dívidas impagáveis. Os
seringueiros viviam sobre forte exploração, sendo praticamente escravizados
pelos seringalistas. A parte do texto que traduz essa realidade é: Cada dia num
seringal corresponde a uma empreitada de Sísifo - partindo, chegando e
novamente partindo pelas estradas no meio da mata, todos os dias, sempre, num
"eterno giro de encarcerado numa prisão sem muros." Preso nos
tentáculos do dono do seringal, vai percorrer a estrada pelo resto de sua vida,
"indo e vindo, a girar estonteadamente no monstruoso círculo vicioso da
sua faina fatigante e estéril" ."(cf. Cunha, 1994, p.215)
b) Como ocorreu a ocupação da região no século
XX?
No século XX a
ocupação foi acelerada a partir da década de 1950 com a construção de estradas,
a distribuição de terras para migrantes nordestinos, a instalação de projetos
agropecuários, a extração mineral e a industrialização.
c) Cite as principais contribuições do líder
seringueiro Chico Mendes em defesa da floresta e dos povos da floresta.
Chico Mendes (índios, castanheiros e posseiros) – defendiam o
desenvolvimento com menor impacto ambiental. Enfrentavam empresários de
mineradoras, latifundiários e garimpeiros em defesa da floresta e de sua
sustentabilidade. Contribuiu com o surgimento dos sindicatos visando defender
os trabalhadores da floresta. Com sua morte, várias reservas extrativistas
foram criadas, entre elas a reserva Chico Mendes, em Xapuri, sua cidade natal.
d) O que é a Zona Franca de Manaus e qual sua importância para a região?
A criação da Zona Franca de Manaus foi uma tentativa de trazer
desenvolvimento industrial para a região. Constituiu em criar uma área de livre
comércio, onde as empresas que ali se instalassem tivessem redução de impostos,
o que novamente beneficiou os grandes empresários. Manaus é hoje um grande
centro produtor de eletrodomésticos e eletrônicos, comercializando seus
produtos para todo país.
QUESTÃO
07
Assinale
a alternativa correta. Analisando os itens a seguir, podemos concluir que o
Brasil em sua distribuição territorial e populacional é:.
a) Um país populoso e muito povoado.
b) Um país com população bem distribuída.
c) Um país com regiões proporcionais.
d) Um
país populoso e pouco povoado.
QUESTÃO
08
Sobre a macrorregião geoeconômica Centro-Sul
assinale (V) na alternativa verdadeira e (F) na alternativa falsa.
( V
) A região se destaca pelo desenvolvimento tecnológico, concentrando os
principais centros de pesquisa e as maiores universidades do país.
( V
) A concentração industrial possibilitou o acúmulo de capitais e aumentou a
demanda por produtos agrícola, tornando a região o maior centro financeiro do
país.
( V
) No século XIX, destacou-se a produção de café, sendo considerado o novo
“ouro” brasileiro, responsável pela ocupação e fixação da população no
interior.
( V
) No período da colonização, no século XVIII, a mineração foi uma atividade
econômica tão importante, que a coroa portuguesa transferiu a capital da
colônia para o Rio de Janeiro.
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